quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Lixo Hospitalar: Ameaça à saúde e ao meio ambiente



Desde março/2006 o destino dado ao lixo hospitalar tem sido preocupação dos órgãos que o produzem, pois, a prefeitura de Salvador optou por obedecer a Resolução nº 306/2004, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que prevê a divisão, o tratamento e o transporte dos resíduos como responsabilidade da instituição de onde são provenientes.
A contaminação e a transmissão de doenças são riscos reais e preocupantes no manuseio e estocagem incorreta do lixo hospitalar (LH). O acúmulo desses dejetos e a falta de informação disponível para a população tornam-se uma ameaça. Essa inquietação se estende aos funcionários das empresas de coleta.
Itens de Segurança
Vítor Carvalho, diretor comercial do grupo VC, explica que os coletores se protegem através de equipamento individual, composto de botas, óculos, máscaras contra vapores orgânicos, aventais e outros de acordo com a situação. “Dentre os riscos de manuseio destacam-se os ferimentos dos operadores com material pérfuro-cortante infectado”, alerta.
De acordo com Carvalho, o solo e, consequentemente, a população só estarão protegidos se estes resíduos forem devidamente tratados (inertizados) antes de serem dispostos nos aterros. Isto evitará qualquer tipo de contaminação do terreno. O representante da RETEC revela  que as estimativas da LIMPURB, empresa de limpeza urbana, são de aproximadamente cinco mil geradores de LH, que descartam algo em torno de 30 toneladas por mês.
Material  perigoso
Os resíduos descartados pelos laboratórios, clínicas, hospitais, farmácias e postos de saúde são considerados tóxicos e muito nocivos, pois podem conter fungos e bactérias responsáveis por infecções, às vezes letais. Outro risco a ser observado é o descarte indevido de remédios vencidos e seringas, que podem ser ingeridos ou utilizados por crianças e até mesmo adultos desavisados.
Vitor Carvalho informa que o  LH, após o recolhimento, é tratado e pode ser encaminhado para dois aterros licenciados: o aterro metropolitano de salvador (BATRE), na via CIA* / AEROPORTO, ou para o aterro da LIMPEC em Camaçari”, afirma.
Algumas normas devem ser aplicadas no manuseio do LH e, para que sejam respeitadas, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) antigo CRA, órgão estadual da Secretaria do Meio Ambiente, é responsável pela fiscalização. E também existe envolvimento da LIMPURB licenciando as empresas que prestam serviço de coleta.
Punição
A firma que desobedecer às normas será advertida, notificada e multada em caso de reincidência. De acordo com o serviço de atendimento do IMA o cidadão que detectar alguma irregularidade deve ligar para 0800711400 ou direto na ouvidoria pelo número (71)-31171305 e não precisa se identificar.

Fonte: http://celiamota.wordpress.com/2010/06/24/lixo-hospitalar-ameaca-a-saude-e-ao-meio-ambiente/

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